vou ter saudades tuas
grande zorro

beijinhos, vou adorar a minha almofada.

-vou convidar-vos para a minha ceia de natal.

-ai sim? han ? uauuu?

-sim, vou ! Os vossos pés parecem uns bacalhaus.

preciso de te falar

arrastando o meu olhar como um íman.

não tens o mínimo de interesse,

sei que sou só mais uma parede vazia para ti.

a minha avó costuma dizer que quem vive tudo de uma vez vai acabar por passar mais tempo sem nada para fazer

Quando o dia entardeceu

E o teu corpo tocou

Num recanto do meu

Uma dança acordou

E o sol apareceu

De gigante ficou

Num instante apagou

O sereno do céu

E a calma a aguardar lugar em mim

O desejo a contar segundo o fim.

Foi num ar que te deu

E o teu canto mudou

E o teu corpo do meu

Uma trança arrancou

O sangue arrefeceu

E o meu pé aterrou

Minha voz sussurrou

O meu sonho morreu

Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.

Dá-me o quarto vazio da minha casa

Vou deixar-te no fio da tua fala.

Sobre a pele que há em mim

Tu não sabes nada.

farta da monotonia

tenho as minha mãos frias, vem para ao pé de mim.

estou apática, 

sem sentimentos, 

eu não tenho sentimentos,

 eu já não sinto nada.

parem de forçar as coisas,

é só isso que eu quero.